Ao Pé do “Monte Dificuldade” (Salmos 73:17)


Veja, então, como a conduta de Cristo difere para cada homem e situação. Por acaso não conheço alguns que continuam em pecado e, no entanto, prosperam nos negócios, acumulam riquezas e têm tudo o que o coração pode desejar? Acaso não conheço também outros que se arrependem, voltam-se para Deus e desse mesmo dia em diante enfrentam problemas que nunca tiveram antes, passando a percorrer uma estrada bastante acidentada? Sim, a ambos conheço. Não invejo os caminhos fáceis dos maus, nem sinto que haja algo de muito estranho nos caminhos irregulares dos justos.

“… Até que entrei no santuário de Deus e descobri qual seria o fim deles.” (Salmos 73:17)

Afinal, não é o caminho a questão fundamental, mas, sim, o seu fim. Mesmo que eu pudesse viajar tranquilo para a perdição, não escolheria fazê-lo. Se o caminho para a vida eterna se apresenta todo esburacado, ainda assim prefiro enveredar por ele. Ao pé do “Monte dificuldade”, Bunyan faz o Peregrino cantar:

O monte, embora alto, anseio escalar;
A dificuldade não irá me afetar,
Pois sei que o caminho da vida cá está.


Inspirado no trecho do sermão “Um vigário de Cristo em Decápolis, de C. H. Spurgeon

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